Foto: CTB.
Nesta segunda-feira (15), a Central All-China Federation Of Trade Unions (ACFTU) promoveu um Intercâmbio Sindical Internacional com as principais centrais sindicais brasileiras: CTB, CSB, CUT, Força Sindical, NCST e UGT. Sob o tema “Fortalecendo a Luta, a Amizade e a Solidariedade dos Trabalhadores e dos Povos do Brasil e da China”, o evento marcou um passo significativo na aproximação entre as forças trabalhistas de ambos os países. Representando a CTB estava o presidente Adilson Araújo, o secretário-geral Ronaldo Leite, o secretário de Relaçoes Internacionais, Nivaldo Santana, o vice-presidente da CTB Rene Vicente e a presidente do Sindicato dos Educadores da Infância (Sedin), Claudete Alves.
Durante o intercâmbio, a ACFTU compartilhou insights sobre a realidade atual da China, enquanto as centrais sindicais brasileiras expressaram seu interesse em estreitar os laços com a central chinesa. Essa iniciativa não apenas fortalece os laços entre os trabalhadores, mas também ressalta a importância estratégica da parceria entre China e Brasil, ambos membros dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Adilson Araújo, presidente da CTB, enfatizou a importância de aproveitar a capacidade produtiva e de produtividade do Brasil para impulsionar setores como construção naval e indústria, em linha com o desenvolvimento observado na China. Ele destacou que Brasil e China não são concorrentes, mas sim parceiros em potencial. No entanto, ressaltou as diferenças políticas, indicando que diferente da China, há presença de uma extrema-direita neofascista no Brasil, contrasta com os interesses do povo e da nação.
“Acelerar o crescimento, desenvolver uma nova indústria e resolver problemas econômicos são fatores motivadores para uma parceria Brasil-China significativa”, afirmou Adilson Araújo. Ele mencionou a busca por estratégias de desenvolvimento em conjunto, citando o desafio de recuperar o crescimento econômico no patamar chinês alcançado no Brasil em 2010 de 7,5%, e a necessidade de promover a indústria brasileira para atingir níveis anteriormente alcançados.
Além disso, Adilson Araújo ressaltou a necessidade de uma modernidade que promova a prosperidade comum conforme enfatizado pelo presidente da ACFTU, Xu Liuping. Ele observou que, apesar dos números impressionantes dos BRICS – representando 36% do PIB global, 46% da população e 42% do petróleo – ainda há profundas desigualdades a serem enfrentadas pelo bloco. Adilson enfatizou a importância de modernizar para desconcentrar riqueza, distribuir renda e gerar empregos de qualidade, visando a construção de um futuro mais humano e menos desigual.
Intercâmbio entre professores de educação infantil
A presidente do Sedin, Claudete Alves, entregou um projeto de formação de segurança em situação de emergência da educação infantil. “A China com pensamento estratégico, que é característico em suas ações, traçou uma meta até 2035 para garantir que seja totalmente pública e estatal a faixa etária de toda educação pública (0-3 e 4-6). Nos interessamos pelas várias pedagogias adotadas no modelo chinês na educação infantil, em especial a questão da segurança nos espaços educacionais de educandos e educadores. Ficamos satisfeitos em participar do encontro. Agradecemos o convite feito pelo presidente da CTB”, agradeceu Claudete.
O intercâmbio sindical internacional entre Brasil e China representa não apenas um diálogo entre trabalhadores, mas também uma oportunidade para explorar sinergias entre duas das maiores economias do mundo, buscando caminhos para um desenvolvimento mais equitativo.
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