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São Paulo, 25 de agosto de 2023.
 

Carta à População de São Paulo.

Prezados munícipes, somos Educadores da cidade: professores, professoras e profissionais de apoio que atuam nas escolas de Educação Infantil da cidade, denominadas: (CEIs, Cemeis e Emeis), conhecidos pelo senso comum por Creches e Pré- Escola.

 

Há anos temos lutado pelo acesso e ampliação da qualidade na Educação Infantil em nossa cidade e no país. Para além dos nossos deveres funcionais, que exercemos com profissionalismo, amor e carinho, interlocutamos as vozes silenciadas de bebês e crianças que, por não serem eleitores, por vezes não têm seus direitos, mesmo os ancorados pela legislação, garantidos com qualidade, devido a equívocos da governança de plantão.

 

Desde 1996, temos uma Lei Federal, a LDBN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), que confere a todas as crianças o direito à Educação Infantil, sendo esta a primeira etapa da Educação Básica.

 

Neste 25 de agosto que deveria ser um dia de comemoração à consolidação do direito de bebês e crianças a Educação Infantil, não temos nada a comemorar, devido às últimas medidas que vêm sendo adotadas pelo prefeito de São Paulo que promovem vários retrocessos, além de não atender reivindicações que visam melhorar o atendimento.

  • Aumento de 10 para 12 horas a jornada das crianças;

  • Creche noturna;

  • A não redução do número de crianças por educador;

  • Falta de apoio de especialistas para crianças com deficiência;

  • Exclusão das unidades de Educação Infantil da construção dos CEUs.


A Prefeitura pretende transformar a Educação Infantil em hotelzinho. As pretensas necessidades que os pais apresentam, após décadas de êxito na atual jornada, descaracterizam o atendimento educacional das nossas escolas, onde o cuidar e o educar não estão dissociados.

 

O Prefeito justifica tais medidas alegando que é para atender solicitações de pais, mas lembramos que a Educação Infantil é um direito da criança e tais necessidades apresentadas devem ser ofertadas pelas Secretarias e Ministérios afins, como do Trabalho, Assistência Social e Políticas para as mulheres.

 

A educação de bebês e crianças é de responsabilidade da família, dever do Estado e direito da criança. Diga não aos retrocessos na Educação Infantil. Esse atendimento não pode ser tratado como depósito de crianças e hotelzinho.

 

Defendemos a adoção de políticas públicas que atendam as necessidades dos pais e estas precisam ser gestadas pelos órgãos competentes, como citamos acima.
 

Junte se a nós na defesa de bebês e crianças das escolas da rede pública de Educação Infantil da cidade de São Paulo.

#educacaoinfantilnaoehotelzinho

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