OUTUBRO ROSA: PORQUE PRECISAMOS NOS PREVINIR PARA COMBATER O CÂNCER DE MAMA?
Vamos aproveitar o Outubro Rosa para fazer parte desse movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama. Essa data foi criada no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, celebrada anualmente, com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade.
MORTALIDADE
O câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto na região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa essa posição. A taxa de mortalidade por câncer de mama, ajustada pela população mundial, foi 14,23 óbitos/100.000 mulheres, em 2019, com as maiores taxas nas regiões Sudeste e Sul, com 16,14 e 15,08 óbitos/100.000 mulheres, respectivamente (INCA, 2021).
Na mortalidade proporcional por câncer em mulheres, em 2019, os óbitos por câncer de mama ocupam o primeiro lugar no país, representando 16,1% do total. Esse padrão é semelhante para as regiões brasileiras, com exceção da região Norte, onde os óbitos por câncer de mama ocupam o segundo lugar, com 13,2%. Os maiores percentuais na mortalidade proporcional por câncer de mama foram os do Sudeste (16,9%) e Centro-Oeste (16,5%), seguidos pelo Nordeste (15,6%) e Sul (15,4%) (INCA, 2021).
MAMOGRAFIAS NO SUS
A produção de mamografia no SUS engloba mamografia de rastreamento, indicada para mulheres de 50 a 69 anos sem sinais e sintomas de câncer de mama, a cada dois anos; e mamografia diagnóstica, indicada para avaliar lesões mamárias suspeitas em qualquer idade, também em homens.
Embora possa ser solicitada pelo SUS em qualquer idade, para fins de diagnóstico, a mamografia não é o método mais indicado para mulheres jovens, em função da maior densidade mamária e do consequente limite do exame para avaliar lesões suspeitas nesse grupo.
RASTREAMENTO NA POPULAÇÃO-ALVO
A concentração de mamografias de rastreamento na faixa etária de 50 a 69 anos vem aumentando desde 2012. Essa faixa etária é a recomendada para o rastreio, a cada dois anos, em função do melhor equilíbrio entre benefícios e riscos dessa estratégia, conforme as atuais. Em 2012, apenas 52,8% das mamografias de rastreamento no País foram realizadas em mulheres de 50 a 69 anos, enquanto, em 2020, esse percentual chegou a 64,9%. As evidências científicas mostram que o rastreamento nessa faixa etária é capaz de reduzir a mortalidade por câncer de mama, razão pela qual as ações de controle devem ser voltadas para ampliação da cobertura na faixa etária alvo. CAUSAS E PREVENÇÃO
O que causa o câncer?
O câncer não tem uma causa única. Há diversas causas externas (presentes no meio ambiente) e internas (como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas). Os fatores podem interagir de diversas formas, dando início ao surgimento do câncer.
Entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas. As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os hábitos e o comportamento podem aumentar o risco de diferentes tipos de câncer.
Entende-se por ambiente o meio em geral (água, terra e ar), o ambiente de trabalho (indústrias químicas e afins), o ambiente de consumo (alimentos, medicamentos) e o ambiente social e cultural (formas de agir e de se comportar). Os fatores de risco ambientais de câncer são denominados cancerígenos ou carcinógenos. Esses fatores alteram a estrutura genética (DNA) das células.
As causas internas estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Apesar de o fator genético exercer um importante papel na formação dos tumores (oncogênese), são raros os casos de câncer que se devem exclusivamente a fatores hereditários, familiares e étnicos.
Existem ainda alguns fatores genéticos que tornam determinadas pessoas mais suscetíveis à ação dos agentes cancerígenos ambientais. Isso parece explicar porque algumas delas desenvolvem câncer e outras não, quando expostas a um mesmo carcinógeno.
O envelhecimento natural do ser humano traz mudanças nas células, que as tornam mais vulneráveis ao processo cancerígeno. Isso, somado ao fato de as células das pessoas idosas terem sido expostas por mais tempo aos diferentes fatores de risco para câncer, explica, em parte, o porquê de o câncer ser mais frequente nessa fase da vida.
Como prevenir o câncer
A prevenção do câncer engloba ações realizadas para reduzir os riscos de ter a doença.
1. O objetivo da prevenção primária é impedir que o câncer se desenvolva. Isso inclui evitar a exposição aos fatores de risco de câncer e a adoção de um modo de vida saudável.
2. O objetivo da prevenção secundária é detectar e tratar doenças pré-malignas (por exemplo, lesão causada pelo vírus HPV ou pólipos nas paredes do intestino) ou cânceres assintomáticos iniciais.
11 dicas para prevenir o câncer
1. Não fume! 2. Alimentação saudável protege contra o câncer. 3. Mantenha o peso corporal adequado.
4. Pratique atividades físicas. 5. Mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer o exame preventivo do câncer do colo do útero a cada três anos. 6. Vacine contra o HPV as meninas de 9 a 14 anos e os meninos de 11 a 14 anos. 7. Vacine contra a hepatite B.
8. Evite a ingestão de bebidas alcoólicas.
9. Evite comer carne processada.
10. Evite a exposição ao sol entre 10h e 16h, e use sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar, inclusive nos lábios.
11. Evite exposição a agentes cancerígenos no trabalho.
Prevenção
A prevenção do câncer engloba ações realizadas para reduzir os riscos de ter a doença.
O objetivo da prevenção primária é impedir que o câncer se desenvolva. Isso inclui a adoção de um modo de vida saudável e evitar a exposição a substâncias causadoras de câncer.
Para o Brasil, foram estimados 66.280 casos novos de câncer de mama em 2021, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres.
Saiba mais : Instituto Nacional de Câncer – https://www.inca.gov.br/
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